Noodiversidade
Somos quase sete bilhões de indivíduos no planeta. Cada um tem sua impressão digital única. Há uma diversidade de indivíduos dentro da unidade da espécie. Há, também, bilhões de manifestações da consciência.
A esfera da consciência é a noosfera, conceito elaborado pelo paleontólogo Pierre Teilhard de Chardin, em seus estudos sobre a evolução. A noosfera engloba o conhecimento interior, idéias, espírito, linguagens, teorias, conjunto de energias mentais, pensamentos, emoções, sentimentos, informações, geradas ou captadas desde o início da vida, e que constituem uma sutil camada que circunda o planeta. A raiz grega da palavra, nous, significa a consciência intuitiva.
Refere-se à imaginação, ao subjetivo, ao todo, ao pensamento flexível e complexo.
Da raiz nous deriva também a palavra noética – a ciência da mente humana, que se refere à consciência pura ou intuitiva. As ciências noéticas exploram a natureza e os potenciais da consciência, acessando direta e intuitivamente o conhecimento, para além dos sentidos normais e da razão. Elas exploram a experiência subjetiva e o universo interior da mente individual e coletiva, relacionados com a sabedoria das tradições espirituais e com o mundo físico exterior.
De modo análogo ao das espécies que evoluem na biodiversidade, se expande a diversidade da consciência. A noodiversidade evolui a partir dos distintos estágios da consciência (o mítico, o mágico, o racional). Enquanto a ciência se baseia no estágio racional, as religiões acolhem o estágio mítico e o mágico. Nas palavras de Ken Wilber, isso lhes confere a função crucial de atuarem como esteiras transportadoras de um para outro desses estágios. A noodiversidade considera também os vários estados do espectro da consciência – vigília, sono sonho, meditativo, êxtase. Tal espectro inclui os estados conscientes, o infraconsciente, inconsciente, subconsciente (estudados na psicanálise), o ultra ou supraconsciente (admitidos no ioga e em alguns ramos da psicologia ocidental). Num ciclo diário, enquanto a noite cobre metade do planeta e as pessoas dormem, outra metade está desperta, em vigília.
Neste exato momento, diferentes estágios, modos e estados de consciência estão sendo vividos pelos idividuos e pelas diversas parcelas da humanidade – do astronauta à tribo isolada na Amazônia passando pela população urbana e os agricultores. A noodiversidade é mais ampla do que a biodiversidade ou a diversidade social e cultural, pois a consciência é fluida, impermanente, intercambiável, sofre influências e transformações constantes.
A crise climática e o risco do colapso ecológico ajudam a despertar para a era do conhecimento intuitivo, uma etapa da evolução que se baseia no desenvolvimento da consciência humana e não mais nos lentos processos da evolução biológica. Matéria, vida e consciência integram um mesmo espectro. Mas a evolução da matéria é lenta e se processa nos ciclos da história geológica; a biológica é mais rápida; e a noológica (da consciência intuitiva), é veloz como um raio.
fonte : http://www.canarana.net/wordpress/?tag=noosfera
Análise Textual
Hipertextualidade é o processo através do qual amplia-se a percepção e o raciocínio a partir de novas formas de estudo crescentes e relacionadas com as novas tecnologias.
Análise Temática
O texto visa analisar a hipertextualidade e suas co-relações. Causas, conseqüências e evoluções de um hipertexto são esclarecidas. Sua relevância consiste na exteriorização de fatos, idéias e demais referenciais relativos ao processo de leitura e novas tecnologias.
Análise Interpretativa
A ampliação e o desenvolvimento nas formas de comunicação, tais como: os alfabetos, o livro, a fotografia, o cinema, o rádio, a TV, o computador e as variações de todas essas vias comunicativas são a marca da evolução humana.
Em termos de hipertextualidade, as técnicas digitais e de navegação na internet constituem, de fato, uma espécie de exteriorização dos processos de leitura, uma vez que, de maneira acumulativa, otimizam e ampliam as informações, conquistando um número maior de receptores e compreendedores das mesmas.
Com isso, podemos entender que a junção homem-máquina desenvolve um regime cognitivo determinado, transformando de maneira crescente o processo criativo individual e coletivo, com constantes atualizações.
Problematização
Por ser um sistema criado pelo homem e com sua participação e interferência constantes, problema relacionados à hipertextualidade surgem com a mesma velocidade que as informações e suas ferramentas. Por serem, normalmente, canais abertos a todos, expressões e métodos reacionários e equivocados em termos comportamentais podem surgir. Daí a importância de mantermos uma aguçada capacidade crítica e pesquisar a veracidade das informações e técnicas aplicadas.
A banalização de fatos e suas distorções e também sua gigantesca quantidade pode comprometer um real compreendimento da questão em pauta como um todo.
Síntese
A partir do desenvolvimento da vias comunicativas, o ser humano atinge, de maneira mais ampla, uma gama maior de receptores, principalmente com o advento da internet. Ainda sem controle, esse canal virtualmente democrático – a democracia não pode ser real se nem todos têm acesso a essa ferramenta – é repleto de informações das mais variadas fontes e opiniões sobre determinados assuntos que podem fazer sentido ou não.
É incontestável a importância da hipertextualidade mas, seguindo juntamente com esse crescimento, deve estar a capacidade de discernimento e filtragem pessoal de cada uma dessas informações, uma vez que estão todas igualmente dispostas para pesquisa de todos com acesso ao computador. Deve-se tornar parte da educação uma maneira mais correta e mais crítica de utilizar a hipertextualidade para que as conseqüências não sejam desastrosas e tampouco repelentes desse bem que é a acessibilidade indiscriminada, constante no tópico “hipertextualidade
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