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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Storyboard

Storyboard é um filme contado em quadros, um roteiro desenhado. Lembra uma história em quadrinhos sem balões. Mas existe uma diferença fundamental: apesar da semelhança de linguagem e recursos gráficos, uma história em quadrinhos é a realização definitiva de um projeto, enquanto que um storyboard é apenas uma etapa na visualização de algo que será realizado em outro meio. O story é um desenho-ferramenta, um auxiliar do cineasta.








Grilo Feliz e os insetos Gigantes





O animatic é uma mistura de computação gráfica, ilustração, animação vetorial e composição, montado para ilustrar um comercial de tv antes de ser filmado. Como os resultados são muito fiéis ao objetivo final do comercial, as chances de errar e de ter que refazer as produções e as filmagens diminuem bastante. Por esse motivo o animatic é um investimento que compensa, pela economia na finalização do comercial.
Em compensação o animatic precisa necessariamente de um equipamento de vídeo para ser visualizado enquanto que um storyboard pode ser visto de qualquer maneira, pois costuma ser montado em pranchas para apresentação.
A diferença entre o animatic e o storyboard, além do custo e prazo, menores para a confecção de um storyboard, é que no animatic, músicas e vozes podem ser inseridas junto com as imagens, dando uma noção melhor do tempo de duração da filmagem. Essa técnica inovou a realização de comerciais, pois é possível ver a montagem final antes mesmo de começar a produção

Definição do Serviço

É um filme contado em quadros, que é utilizado para a produção do comercial, pode se dizer, também, que é um rascunho do roteiro em imagens ou desenhos.


Benefícios

• Apóia o planejamento, informando o que deverá que ser adquirido, para a realização do projeto
• Informa visualmente todas as etapas do comercial
• Possibilita maior controle e aumenta a chance de êxito no projeto


Público-Alvo

• Empresas, estabelecimentos, profissionais e responsáveis pela aprovação de peças com o planejamento e roteiro para a produção e gravação de comerciais de produtos, marca ou serviços


Dicas

• Escreva todas as observações de cada cena, para que tudo seja bem compreendido
• Pesquise o conteúdo que será transmitido para melhor domínio do mesmo
• Organize a linha de racíocinio do conteúdo (deve conter começo, meio e fim)
• Não se coloca balões, apenas a ação da cena
• Faça uma ilustração simples priorizando as cenas principais
• Deixe em evidência os ângulos da cena
• Observe se a idéia está sendo transmitida de maneira objetiva
• Cheque cada etapa realizada


Exemplos

• Esboço para aprovação, planejamento e criação de gravações.
• Desenho utilizado para liberações de verbas para o inicio de gravações
• Roteiro detalhado para produzir comerciais eficientes

ENQUADRAMENTOS

ENQUADRAMENTOS

O enquadramento é o campo visual capturado pela objectiva da câmara. A esse
elemento capturado chamamos plano, o qual mediante a disposição dos elementos
ganha diferentes valores significativos e diferentes tempos de leitura.
São vários os tipos de enquadramento que se podem usar no momento de filmar.
Neste tipo de plano as costas e o ombro do
jornalista podem aparecer em algumas das
respostas do entrevistado, embora vá criar algum
ruído na imagem.
O entrevistado deve surgir sempre em primeiro
plano, olhando na direcção do jornalista
O jornalista pode surgir em primeiro plano nas
perguntas, com um enquadramento similar ao do
entrevistado.
Este plano normalmente é gravado
posteriormente ao fim da entrevista. Nesta fase o
jornalista pode também “perguntar” usando como
imagem um plano médio, dando assim mais recursos de imagem para o trabalho de
edição

PLANOS DE CORTE
Este tipo de plano é essencial na construção de uma peça de televisiva já que permite a
mudança de planos, locais e momentos.
Um dos planos mais famosos em televisão é o plano de corte que utiliza as mãos do
entrevistado. Este típico plano causa ruído e distracção sendo por isso considerado uma
coisa do passado.
Outros planos, não menos famosos, são o de alguém a escrever ou a imagem de uma
outra câmara de filmar. Estas também são imagens do passado que nada acrescentam e
que também causam ruídos, distracção, quebra na história visual.
Ao usar o plano de mãos como plano de corte, o telespectador perde a atenção, e a
peça fica prejudicada na sua sequência informativa, já que as mãos não se relacionam
com o conteúdo.
Este plano deve ser substituídos por planos abertos, planos fechados ou pela utilização
do plano e do contra-plano do jornalista e do entrevistado.

OS CONTRA-PLANOS
É um plano recomendado sempre que existam condições para tal, já que facilita a edição
do diálogo.
O que é contra-plano do entrevistado? É a gravação deste calado enquanto olha para o
jornalista que lhe coloca a questão.
Por sua vez, o contra plano do jornalista, é naturalmente a imagem oposta, olha para o
entrevistado ouvindo-o numa atitude neutra, sem movimentos de cabeça a dizer que
“sim” ou “não”, nem recorrendo ao “uhm, uhm”.
O repórter de imagem é essencial nestas situações, já que deve avisar o jornalista dos
movimentos de cabeça caso eles existam.
O jornalista neste momento caso use microfone de mão, deve ter o cuidado, de efectuar
as questões colocando o microfone sempre à mesma distância que usou para colocar a
questão ao entrevistado durante a entrevista.

PLANO GERAL
O plano inteiro é outro que facilita o trabalho de edição.
Nas entrevistas em salas ou gabinetes, o plano geral
deve ser feito para que apareça o jornalista e o
respectivo entrevistado na imagem.
Este plano pode ser feito mais cedo, enquanto o
jornalista prepara a entrevista na conversa prévia com o entrevistado, ou pode ser feita
no fim, quando a entrevista terminou.

AS REGRAS
OS 180º
É uma regra que os repórteres de imagem devem respeitar. Traça-se uma linha
imaginária que une o jornalista ao entrevistado, e apenas se trabalha de um desses
lados, respeitando sempre o ângulo dos 180º, conforme a figura:
Ao ser respeitada a regra, o telespectador tem a facilidade de perceber que mesmo que
o jornalista e o entrevistado não apareçam juntos, o entrevistado está voltado para o
jornalista e vice-versa.

Centros de interesse
O interesse do telespectador sobe em função da localização do centro da imagem.
O centro de interesse principal deverá ser colocado no terço direito da imagem.
Se a imagem tiver um único centro de interesse, toda a acção se centra nele.
A imagem poderá ter dois centros de interesse e nesse caso a nossa atenção divide-se
por ambos.
Se uma imagem tiver vários centros de interesse, a atenção varia, centrando-se
alternadamente num ou noutro ponto, conforme a sua posição relativa

ESCALA DE PLANOS
Considerando um homem como exemplo, podemos dividir o seu espaço em três
grandes áreas demonstrativas
1. A que nos mostra o ambiente que o envolve
2. A que nos permite observar a acção que executa
3. A que nos possibilita analisar a sua expressão

Desta forma surgem três grupos de planos: Ambiente, Acção e Expressão

Os planos de ambiente podem ser:

_ PMG – Plano Muito Geral
_ PG – Plano Geral

Os planos de acção podem ser:

_PGM – Plano Geral Médio
_PA – Plano Americano
_ PM – Plano Médio

Os planos de expressão podem ser:

_ PP – Plano Próximo
_ GP – Grande Plano
_ MGP – Muito Grande Plano
_ PD – Plano de Detalhe


Ao introduzirmos movimento na câmara, criamos outro tipo de planos dependentes
desse movimento ou do uso de um ângulo diferente dado à câmara. Assim temos:
FOCA-DESFOCA – Plano em que ao focar-se o primeiro elemento mais próximo desfocase
o segundo elemento.

ZOOM – Aproximação, ou afastamento, a determinado objecto. Este tipo de plano deve
ser equilibrado, não deve ser muito rápido nem exageradamente lento

PANORÂMICAS – Normalmente é um movimento efectuado de acordo com a nossa
leitura ou seja da esquerda para a direita apesar de se poder efectuar no sentido
contrário. Também é um plano que requer equilíbrio, não devendo ser nem muito
rápido nem muito lento. Neste plano, o movimento da câmara é apoiado no eixo do
tripé.
TILTS – Movimento parecido com a panorâmica. O movimento é também efectuado
normalmente de acordo com a nossa leitura, de cima para baixo, apesar de se poder
efectuar no sentido oposto. É também um plano que requer equilíbrio, não deve ser
nem muito rápido nem muito lento.

TRAVELLING – Movimento bastante utilizado no cinema. A câmara efectua um
determinado percurso. Este tipo de plano é normalmente utilizado em situações de
explicação de determinada situação/movimento.

TRACKING - Movimento que segue uma personagem ou um objecto que se movimenta,
como se fosse uma perseguição.
Este género de planos deve ser utilizado com bom senso. O uso excessivo na mesma
peça deste género de planos acaba por transmitir a ideia de um trabalho feito à imagem
de um vídeo de casamento.

ALGUNS APONTAMENTOS RELATIVAMENTE AOS PLANOS

Apesar da descrição sucinta de cada plano, os limites referidos nunca são rígidos. Cada
caso é um caso, e se determinado plano (feito de acordo com as regras apontadas) é
indicado para determinada peça isso não significa que esse mesmo plano resulte na
peça seguinte.
O repórter de imagem, em consonância com o jornalista, seu colega de equipa, deve
optar sempre pelos planos que vão encaixar na história. Para isso é fundamental otrabalho de equipa e um perfeito conhecimento das razões pela qual estão a fazer
aquele trabalho. Uma boa preparação do trabalho é fundamental para que exista um
bom trabalho de equipa.
Nota: Filmar é contar uma história, não é apontar a câmara e carregar no botão.

ERROS DE ENQUADRAMENTO

A IMAGEM EGÍPCIA
Um erro habitual é quando o entrevistado fica de lado para a câmara, ficando assim o
entrevistado de lado, e metade do visor vazio. É uma imagem pobre e errada, que nada
diz ao telespectador.

Este erro tem uma solução extremamente fácil, o jornalista coloca-se sempre ao lado da
câmara de filmar. O entrevistado surge bem enquadrado na imagem já que olha para os
olhos do jornalista. Desta forma o telespectador pode observar as expressões do
entrevistado, detalhes que acabam por reforçar a ligação entre o entrevistado e o
telespectador.

IMAGENS PICADAS

O olhar da pessoa deve estar sempre ao nível da objectiva. Nunca se deve filmar um
convidado ou jornalista de cima para baixo (picado), ou ao contrário de baixo para cima
(contrapicado). No caso de alguém filmado de cima para baixo estamos a dar uma
imagem do convidado de ser alguém diminuído. Se o convidado for filmado de baixo
para cima estamos também a dar uma falsa imagem de poder.



ABERTURAS, PASSAGENS E FECHOS

O jornalista nunca deve surgir em plano próximo em
qualquer destas situações devendo usar o plano médio.
A posição do jornalista deve ser ligeiramente diagonal,
com o cenário em fundo. O telespectador fica, desta
forma, com um enquadramento mais agradável


Ao usar as passagens, o jornalista nunca deve ficar no centro da imagem, mas sim num
dos lados, para que o ponto de fuga ser aproveitado, valorizando a informação visual.
Neste tipo de imagens o limite é sempre a cintura. Porém, caso seja necessário, pode-se
usar o plano inteiro, sendo este fechado até se atingir a zona da cintura.
Para este tipo de imagens serem utilizadas e bem feitas o trabalho de equipa entre o
jornalista e o repórter de imagem é fundamental. Assim o conjunto do ambiente e do
jornalista saem reforçados.
Os movimentos de câmara e do jornalista devem ser treinados para que exista
sincronização.
As passagens, aberturas e encerramentos não devem ser iguais. O jornalista deve ter
todas as condições para uma boa imagem e o repórter de imagem deve orientar o
jornalista de modo a que os enquadramentos sejam os correctos.
Este tipo de planos deve reforçar o trabalho da equipa e a qualidade do trabalho e não o
contrário.




fonte: http://filmagem.blogspot.com/2007/10/tecnica-de-captura.html

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Iluminação para Fotografias










A fotografia publicitária é uma das modalidades fotográficas que mais utiliza recursos de iluminação artificial, dessa forma, qualquer objeto, produto, pessoa ou marca a ser fotografada para fins mercadológicos, necessita de uma iluminação artificial adequada, para chamar a atenção e ressaltar as qualidades dos produtos/serviços.

As fontes de luz artificiais possuem diversos tamanhos, temperaturas de cor e potências. Por exemplo:

Quando usamos a luz artificial devemos conhecer a qualidade da luz e saber o seu direcionamento.

Quanto à qualidade pode-se ter: luz dura, luz suave e luz difusa.

- Luz dura: produzida por uma fonte pequena de luz que pode ser o flash direcional, luz direta e acessórios como Fresnel, parábolas e concentradores. A sombra criada por esse tipo de iluminação costuma ser bem marcada e contrastante;

- Luz suave: é produzida por grandes fontes de luz utilizando-se de acessórios como sombrinha e colméia. Ao contrário da luz dura, a luz suave faz com que as sombras fiquem mais amenas e a área de iluminação mais ampla;

- Luz difusa: esse tipo de iluminação pode ser criada por refletores brancos e acessórios como o hazi. Essa fonte de luz média, juntamente com o refletor ou o hazi ajuda a produzir pouca sombra.

Ao se trabalhar com fotografia é necessário direcionar a luz sobre o objeto.
Há cinco tipos de direcionamento da luz: frontal, lateral, inferior, superior e contraluz.

- Luz frontal: deixa a cena toda em primeiro plano;
- Luz lateral: têm-se dois ângulos, um em 0° e outro em 45°. A luz lateral colocada em 0° é indicada quando há necessidade de mostrar texturas e destacar algum tipo de relevo. Já a lateral com 45° é utilizada para definir perspectiva e profundidade;
- Luz superior: produz sombras duras;
- Luz inferior: utilizadas quando se quer causar algum tipo de suspense;
- Contraluz: iluminação usada para produzir silhuetas.


fonte: http://www.publistorm.com/fotografia-publicitaria-luz-e-fotografia/

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA EM SP


A grande novidade deste ano para os filmes brasileiros é o prêmio Itamaraty, oferecido pelo Ministério das Relações Exteriores para os vencedores nas categorias longa-metragem de ficção (R$ 45 mil), curta-metragem (R$ 15 mil) e documentário (R$ 30 mil). Até 2008, o prêmio esteve vinculado ao Festival de Cinema de Brasília; Araújo afirma que o Ministério estuda circular a premiação em outros festivais.

Além de obras audiovisuais de novos diretores, tradicionalmente a Mostra também é vitrine do que há de mais recente nas produções nacionais e internacionais. A seleção da 33ª Mostra terá o vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes 2009, A Fita Branca, de Michael Haneke; o vencedor da mostra Un Certain Regard do festival francês, Dente Canino, de Yorgos Lanthimos; o premiado com o Camera D’Or, Sanson & Delilah, de Warwick Thornton; e o melhor filme da Semana da Crítica, Lost Persons Area, de Caroline Strubbe. O longa premiado com o Leão de Ouro em Veneza, Lebanon, de Samuel Maoz, também está na seleção, assim como London River, Destinos Cruzados, vencedor do Urso de Prata de Melhor Ator (Sotigui Kowjaté) no Festival de Berlim. Importantes realizadores estrangeiros, como Claire Denis (35 Doses de Rum), Amos Gitai (A Guerra dos Filhos da Luz Contra os Filhos das Trevas), Pedro Almodóvar (Abraços Partidos), Andrzej Wazda (Alga Doce), Sam Mendes (Distantes Nós Vamos), Amos Gitai (Carmel), Jane Campion (Brilho de uma Paixão), Alain Resnais (Erva Daninha), Wes Anderson (O Fantástico Sr. Raposo), Emir Kusturica (Maradona), Chan-Wook Park (Sede de Sangue), Terry Gilliam (O Mundo Imaginário de Dr. Parnassus), Hirokazu Kore-Eda (Seguindo em Frente), Abbas Kiarostami (Shirin), Fatih Akin (Soul Kitchen) e Manoel de Oliveira (SiNgularidades de uma Rapariga Loira), também estão na lista de filmes

fONTE: http://cinema.cineclick.uol.com.br/noticia/carregar/titulo/mostra-2009-filmes-premiados-fazem-parte-da-selecao/id/24308

Salas que exibirão a Mostra esse ano:


Unibanco Arteplex
Cine Bombril
Cine Olido
Espaço Unibanco Pompéia
Espaço Unibanco Augusta
Cinema da Vila
CineSesc
FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado
Cinemateca – salas BNDS e Petrobrás
HSBC Belas Artes
CCSP Centro Cultural São Paulo
Reserva Cultural
Cine TAM Morumbi
MASP – Vão Livre
Cine Marabá
MIS – Museu da Imagem e do Som

Confira os valores deste ano:

- Permanente Integral - R$ 390 (dá direito a todas as sessões da Mostra; assinantes do jornal A Folha de S. Paulo ganham 15% de desconto, pagando R$ 331,40)
- Permanente Especial - R$ 90 (portadores desta credencial podem assistir a sessões de segunda a sexta-feira, das 12h às 17h; assinantes do jornal A Folha de S. Paulo ganham 15% de desconto, pagando R$ 76,50)
- Pacote com 40 ingressos - R$ 285
- Pacote de 20 ingressos - R$ 165

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Ciclo Era Digital

O Ciclo
Tendências atuais da cultura digital: terabytes, redes sociais e mobilidade

Iniciado em agosto, o Ciclo Era Digital – A sociedade em rede e as transformações do mundo contemporâneo – já contou com as presenças de Pierre Lévy, Derrick de Kerckhove e Massimo Di Felice. Até o final do ano os principais pensadores internacionais discutirão os desafios, os impactos e as profundas mudanças nos meios de comunicação com empresários, acadêmicos, líderes sociais, ONGs e público geral.

Agenda
Local: Sesc Avenida Paulista
Endereço: Avenida Paulista, 119 – Paraíso.
Data: 23/10/2009 (sexta-feira)
Horário: 15h – 19h (credenciamento a partir das 14h)
Valor: R$ 5,00 (inteira); R$2,50 (estudante); R$1,00 (trabalhador do comércio e serviços matriculado no Sesc).
Ingressos: à venda pelo sistema ingressoSesc. Para saber a unidade mais próxima, acesse www.sescsp.org.br.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Fórum sobre discussão de filmes


FILME DA SEMANA PARA COMENTAR É AMORES BRUTOS, FILME MEXICANO COM GAEL GARCIA BERNAL.


ENTRE NO FÓRUM E DÊ SUA OPINIÃO.


http://groups.google.com.br/group/producaoaudiovisualunippaulista
PARA PARTICIPAR
MANDE UM E-MAIL :
producaoaudiovisualunippaulista@googlegroups.com

Aula TCC dia 14/10

1. 14/10/09 - Projeção do dvd "Arquitetando a destruição".

2. Trabalho sobre o filme conforme as pesquisas realizadas e a participação na projeção.

3. Leitura analítica da prova realizada. Nesse dia, para os que participarem ativamente, com uma visão de prova em 2 tempos, terão um ponto em relação à prova.

4. Será passada a lista para o desenvolvimento dos seminários que deverão começar no dia 21/10

5. Aplicação do trabalho na oficina de texto em função das teorias da comunicação (emprego do material elaborado pelos estudantes).

domingo, 11 de outubro de 2009

Filme Arquitetura da destruição - link

"Arquitetura da destruição"

Direção: Peter Cohen


http://www.megaupload.com/?d=HNV3WPWD

sábado, 10 de outubro de 2009

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Resumão sobre Roteiro,Escaleta, Story Line

UM DOCUMENTO CHAMADO ROTEIRO
por Fernando Marés de Souza

“Porque o roteiro é o sonho de um filme”
Jean-Claude Carrière

O QUE É UM ROTEIRO

A grande maioria das pessoas nunca segurou um roteiro nas mãos, mas se questionadas sobre o que é um, poucas não tentariam responder. Muitos acertariam a resposta, poucos conseguiriam se aprofundar na definição.

Alguns se equivocariam, na crença que o roteiro é a história de um filme. O roteiro conta a história de um filme, mas não é a própria história. A história contada em um filme pode ser a definição de Argumento, mas isso também, já é outra história.

Uma ida a prateleira de livros pode clarear bem as idéias. Dicionários sempre são uma boa ferramenta para autodidatas:

“Roteiro: Documento que contem o texto de filme cinematográfico, vídeo, programa de rádio, etc." - Dicionário Novo Aurélio

Definição perfeita. O “etc” é uma bela sacada, pois se exime da responsabilidade pelo que ficou de fora. Vamos tentar fazer justiça aos não discriminados pensar nos variados meios que se utilizam deste documento chamado de roteiro: cinema, vídeo, televisão, rádio, quadrinhos, hipermídia (interativos como hipertexto, games e cd-roms), e por que não, teatro, apresentações, eventos, shows, e para não passarmos vexame, etc.

Na prática, alguns assaltos, assassinatos e atos terroristas também se utilizam de um roteiro, mas melhor deixar isso de lado, pois este manual se propõe a ser sobre Roteiro Audiovisual:

“Roteiro: Texto que desenvolve um argumento e que indica como deve realizar-se qualquer tipo de obra audiovisual.” - Diccionário del Guión Audiovisual

Certo, mas agora temos que voltar a prateleira para saber o que é Audiovisual. Para nos poupar disto, ofereço uma definição mais completa:

“O Roteiro Audiovisual é um documento escrito que desenvolve uma história e indica como deve realizar-se uma obra para um meio que transmite mensagens através de som e imagem, como o cinema e a televisão.” - Fernando Marés de Souza, usando um par de dicionários e um pouco lógica aristotélica.

Devidamente alçado ao panteão dos criadores de definições, vamos ver o que os teóricos sobre o assunto podem nos contar:

“O Roteiro é a forma escrita de qualquer audiovisual. É uma forma literária efêmera, pois só existe durante o tempo que leva para ser convertido em um produto audiovisual. No entanto, sem material escrito não se pode dizer nada, por isso um bom roteiro não é garantia de um bom filme, mas sem um roteiro não existe um bom filme". - Doc Comparato

Interessante esta história de efêmero. Já ouvi dizer que o destino do roteiro é a lata de lixo depois de ser utilizado, mas será verdade? Ainda não é o momento de responder. Mais saiba que a maioria pensa assim:

“O roteiro representa um estado transitório, uma forma passageira destinada a desaparecer, como a larva ao se transformar em borboleta. Quando o filme existe, da larva resta apenas uma pele seca, de agora em diante inútil, estritamente condenada à poeira. (...) Pois o roteiro significa a primeira forma de um filme. E quanto mais o próprio filme estiver presente no texto escrito, incrustado, preciso, entrelaçado, pronto para o vôo como a borboleta, que já possui todos os órgãos e todas as cores sob a aparência de larva, mais a aliança secreta (...) entre o escrito e o filme terá chances de se mostrar forte e viva.” - Jean-Claude Carrière

Lindo e poético, mas muito metafórico para um roteirista. A indústria exige algo mais simples e direto:

“Roteiro é uma história contada em imagens, diálogo e descrição, localizada no contexto da estrutura dramática." - Syd Field

Estrutura dramática. O autor gasta uma página e introduz uma dúzia de novos conceitos para explicar o que é isto. Será que alguém consegue sintetizar? Sempre existe alguém disposto a tentar:

“O Roteiro é uma história contada com imagens, expressas dramaticamente em uma estrutura definida, com início, meio e fim, não necessariamente nessa ordem.” - Chris Rodrigues

Bem melhor. Começo, meio e fim. Isto me lembra que a lista de definições pode ser interminável, sendo que a semelhança entre elas é aparente.

“Os americanos chamam-no screenplay, uma peça para a tela, de maneira a distinguí-la da simples play, destinada ao placo. Os franceses o chamam de scenario, para designá-lo como um conjunto de cenas. E nós o chamamos de roteiro. E não é uma má palavra para o caso. Roteiro é uma rota não apenas determinada, mas “decupada”, dividida, através da discriminação de seus diferentes estágios. Roteiro significa que saímos de um lugar, passamos por vários outros, para atingir um objetivo final. Ou seja: o roteiro tem começo, meio e fim - conforme Aristóteles observou na tragédia grega como uma necessidade essencial da expressão dramática." - Luiz Carlos Maciel

Depois de tantas definições, você pode usar um pouco de lógica aristotélica e construir a sua.

PARA QUE SERVE UM ROTEIRO

Cinema é arte, sem dúvida, a sétima arte. Mas cinema é também indústria. É indústria pois precisa de meios de produção, acumulação de capital e divisão especializada do trabalho. E é a serviço desta indústria, que o roteiro exerce sua principal função.

“O roteiro é a ferramenta básica da indústria de cinema e televisão.” - Cole & Haag

O roteiro será o documento chave, onde todos os outros profissionais envolvidos com a realização de um produto audiovisual basearão seu trabalho.

“Roteiro é (...) um discurso verbal, escrito de forma a permitir a pré-visualização do filme por parte do diretor, dos atores, dos técnicos e dos possíveis financiadores. Um instrumento de trabalho e de convencimento. (...) Uma utopia criativa a serviço de um objetivo fundamentalmente econômico: uma boa definição não só de roteiro, mas da própria essência do cinema.” - Giba Assis Brasil

A realização de um produto audiovisual demanda um investimento de capital muito alto. O roteiro é a maneira de pré-visualizar este produto, e minimizar os riscos de investimento.

“Desde uma perspectiva comercial, um roteiro é uma proposta para o lançamento de um produto. Os aspectos artísticos podem ser decisivos 'a priori', mas sempre se impõe as possibilidades econômicas na hora de aprovar um projeto. (...) Em função de um roteiro literário, a produtora pode estimar o custo de um filme e elaborar um estudo de mercado que assegure sua acolhida como produto. (...) E quando buscam o financiamento necessário para o futuro filme, só podem oferecer uma coisa: a história” - António Sanchez-Escalonilla

O roteiro serve então, como uma simulação de um produto audiovisual sonhado.

PROCESSO DE ROTEIRIZAÇÃO

ARGUMENTO

Segundo uma das definições do Novo Aurélio é: “História especialmente preparada para cinema.”

Porém, definições mais amplas também se aplicam: assunto, tema, enredo, sumário, resumo. Para Ramos & Marimón, no Diccionario del Guión Audiovisual: “Argumento é a história narrada em um roteiro. Pode expressar-se de diversas formas: através de uma idéia, story-line, sinopse, escaleta, tratamento, ou roteiro literário.”

O documento chamado Argumento, que você apresenta para um produtor, roteirista, diretor ou banca de concurso, pode ter diversas formas. Não existe um consenso sobre a nomenclatura das diversas formas do Argumento: Sinopse, Tratamento, Escaleta (ou step-outline), Sumário, Síntese (ou Story-line), entre outros.

O CONCEITO (ou a IDÉIA, ou a PREMISSA)

A estória resumida em uma frase. Ex:

“Uma história de amor a bordo do Titanic.”
“O que aconteceria se um padre se apaixonasse pela cafetina da cidade.”
“CIDADE DE DEUS encontra TRAFFIC.”
“TUBARÃO no espaço.”

STORYLINE (ou Síntese)

A estória resumida em um parágrafo. Ex:

“Em uma cidade, diversas mulheres foram assassinadas e ninguém tem pista do assassino. Um jovem cientista inventa um aparelho que aparentemente o permite de se comunicar com os mortos. Em um dos contatos, uma entidade do além diz ser o assassino das mulheres. Para legitimar sua declaração a entidade conta o paradeiro de um dos corpos. Confuso e desesperado o cientista conta o paradeiro à polícia e corpo é descoberto, tornando o cientista o principal suspeito dos crimes. - QUANDO AS VOZES CHEGAM”

A SINOPSE

A estória resumida em uma ou duas páginas.

TRATAMENTO

No Brasil, muitos teóricos e práticos do cinema usam (equivocadamente ao meu ver) ARGUMENTO como sinônimo de TRATAMENTO.

Tratamento é a estória desenvolvida num texto de 15 a 45 páginas, relatando a trama e os personagens, de uma forma visual. Escrito em prosa, se assemelha ao modelo literário do conto e a novela, podendo até conter fragmentos de diálogos.

SUMÁRIO

Um argumento pequeno, de 6 a doze páginas é chamado de SUMÁRIO ou OUTLINE

A ESCALETA (ou STEP-OUTLINE)

Esquema estrutural de um roteiro, contendo o cabeçalho e a síntese de cada cena. A escaleta é o esqueleto do filme, onde o roteirista cria as cenas que deverão ser mostradas ao público. O roteirista que amadurece a narrativa da estória escrevendo e revisando a escaleta, diminui problemas posteriores. Todo o encadeamento da trama, a eficiência dramática, a evolução dos personagens deve ser trabalhada nos detalhes, em forma de escaleta.

Para trabalhar em um roteiro coletivo, a discussão da estória encima da escaleta é fundamental para que os autores definam o roteiro que estão escrevendo, e possam dividir as tarefas de redação de cenas. Na autoria de TELENOVELAS, o ESCALETISTA é o profissional especializado em criar escaletas, sobre a qual os DIALOGUISTAS e REDATORES vão trabalhar.

O trabalho preparatório da escaleta economiza tempo, trabalho, energia e papel, na elaboração de um roteiro.


REGRAS DE ESCRITURA
por Giba Assis Brasil (editado por Fernando Marés de Souza)
(in: A ESCRITURA DO ROTEIRO)

Atenção: as regras aqui descritas têm exceções, algumas já conhecidas e muitas ainda por descobrir, ou mesmo inventar. Em qualquer caso, deve prevalecer o bom senso.

As regras de escritura existem para fazer com que o roteiro seja visualizável. Sempre que a aplicação de uma das regras a um caso concreto estiver atrapalhando a visualização, a regra deve ser deixada de lado. Prevalece o princípio: "O objetivo de um roteiro é tentar estabelecer com o seu leitor uma relação o mais parecida possível com a relação de um espectador vendo um filme."

TERCEIRA PESSOA

Um filme é uma experiência externa, que acontece numa tela colocada à nossa frente, a uma certa distância, com outras pessoas ou personagens. Por isso, todo roteiro deve ser narrado em terceira pessoa.
Como comparação: a maior parte da literatura é narrada também em terceira pessoa, mas existe toda uma tradição de ficção literária em primeira pessoa, e mesmo experiências isoladas de textos literários em segunda pessoa.

VERBOS NO PRESENTE


Assistir a um filme é uma experiência que acontece no tempo, como a música ou o teatro, e ao contrário da pintura, da escultura e da literatura, que acontecem no espaço. O tempo de visualização de um filme é sempre o presente. Mesmo no caso de um flash-back: entendemos, por uma série de convenções, que a cena se passa no passado em relação a outras cenas já mostradas, mas, quando ela está sendo mostrada ao público, ela é percebida como presente. Portanto, num roteiro, todos os verbos devem ser colocados no presente (ou, eventualmente, no gerúndio, que é um presente contínuo).

De novo como comparação: quase todo texto literário é escrito no passado, mas também é comum a ficção no tempo presente, e muito raros trechos de ficção literária são escritos no futuro.

ORDEM FÍLMICA

Tudo no roteiro deve estar na ordem em que vai aparecer no filme: não necessariamente na ordem cronológica, mas na ordem fílmica. Evidentemente que isso se aplica à ordem das cenas, que devem ser dispostas no roteiro conforme a ordem narrativa definida pelo roteirista, e que, em princípio, deve ser seguida na montagem final do filme.

Mas a regra da ordem fílmica tem outros níveis, mais ou menos sutis, de aplicação: a ordem dos acontecimentos narrados em cada cena; a ordem das falas em um trecho de diálogo; a sucessão de trechos de narração e descrição; a colocação das rubricas dentro do bloco das falas; a intercalação das falas com os blocos de narração/ descrição; e, levando-se a regra ao pé da letra, até mesmo as palavras dentro de cada frase narrativa ou descritiva.

Como contra-exemplo, veja o seguinte trecho narrativo:

A porta se abre Fernando entra. Vai até a cozinha. Volta sem a garrafa de leite e o jornal.

A visualização proposta está na ordem errada, pois o leitor "vê" o leite e o jornal exatamente quando não deveria mais estar vendo. No caso, seria melhor:

A porta se abre e Fernando entra, com a garrafa de leite e o jornal nas mãos. Vai até a porta da cozinha, entra. Depois de um instante volta, com as mãos vazias.

A rigor, até uma frase simples como "Mané tira um revólver do bolso" pode ser considerada como estando na ordem errada. Isso porque, ao ler esta frase no roteiro, "veríamos": (1) Mané; (2) o ato de tirar; (3) o revólver; (4) o bolso. No filme, provavelmente, a ordem de visualização seria: (1) Mané e sua mão; (2) o bolso; (3) o ato de tirar; (4) o revólver. Ainda que pareça um certo preciosismo, o roteiro seria mais visualizável com uma frase como "Mané tira do bolso um revólver" ou, melhor ainda, "Mané põe a mão no bolso e tira um revólver".

NADA INFILMÁVEL

Um roteiro não pode ter nada que não seja diretamente filmável. Esta é talvez a regra mais óbvia, e a menos observada. Até porque é possível defender a tese de que "tudo é filmável". No limite, qualquer texto literário (mesmo Kafka ou Joyce, por exemplo) pode ser filmado assim: close no rosto do ator com ar pensativo e uma voz sobreposta dizendo exatamente o texto original. É claro que, quase sempre, esta é uma péssima solução. Mas, em relação às regras de escritura de roteiros, o problema nem é de má qualidade, mas de escritura mesmo: seja qual for a solução encontrada, ela deve estar no roteiro como uma sucessão de imagens e sons, ou seja, como algo filmável - não em tese, mas FILMÁVEL CONFORME ESTÁ NO ROTEIRO.

Os casos mais freqüentes da presença de elementos não filmáveis em roteiros referem-se a pensamentos ou sentimentos dos personagens, relações pessoais e passagens de tempo.

Contra-exemplos de PENSAMENTOS NÃO FILMÁVEIS:
"Everaldo abre um buraco na terra e enterra sua pistola, colocando uma estaca sobre ela, para indicar o lugar, caso algum dia ela seja necessária. Célio observa, de longe, sabendo que é uma revelação para daqui a muitos anos."
"O Delegado pára e pensa até que ponto valeria a pena manter aquele tiroteio contra a quadrilha de Palito. Aquele era seu território e por mais homens que a polícia tivesse na operação a probabilidade de efetuar alguma prisão seria mínima."
"Nélson está desconfiado: foi preso e solto no mesmo dia, isso cheira a armação."

Contra-exemplos de SENTIMENTOS NÃO FILMÁVEIS:
"Marília se sente feia, mal vestida e desinteressante"
"Cíntia está com vontade de fazer xixi."
"Era a primeira vez que Cunhatã vislumbrava um homem branco."
"Eles não percebem, mas estão se envolvendo emocionalmente"

Contra-exemplos de RELAÇÕES PESSOAIS NÃO FILMÁVEIS:
"Márcia está ao telefone falando com Joana, mulher de Ernesto."
"O bar é administrado pelo irmão de Jair."
"Cinara é uma ex-namorada que casou-se com Romeu, um grande amigo que Bernardo só voltaria a ver um ano depois desse encontro."

Contra-exemplos de PASSAGENS DE TEMPO NÃO FILMÁVEIS:
"Dilmar aguarda ansioso por alguns minutos"
"Gilberto está na mesma situação há horas."
"Duas semanas depois, Laura encontra Patrícia para desabafar sobre seu casamento."

Uma exceção importante a esta regra são os NOMES DOS PERSONAGENS.

Se um texto literário começa com a frase "Carlos caminha pela sala", já sabemos, imediatamente, que o personagem se chama Carlos. Mas se a mesma frase é o começo da primeira cena de um roteiro, o personagem permanece inominado - até que alguém o chame de Carlos, num diálogo ou através de uma voz sobreposta, ou até que o nome Carlos apareça escrito numa placa em sua mesa de trabalho, ou numa carta que ele recebe, ou num texto escrito sobreposto apresentando-o, etc. O roteirista precisa levar isso em conta: até ser nomeado (por voz ou escrita) no filme, o personagem NÃO TEM NOME. Portanto, se fosse aplicar a regra do "nada infilmável", o roteirista não poderia escrever o nome do personagem antes que alguém ou algo dentro do filme o enunciasse.

No exemplo acima, o roteiro deveria começar com "Um homem caminha pela sala". Se o personagem dissesse alguma coisa, sua fala seria antecedida pela identificação "HOMEM". Se outro homem entrasse na sala e ninguém dissesse o seu nome naquele momento, ele teria que ser identificado como "outro homem" e sua fala poderia ser antecedida por "HOMEM 2". Claro que, se um deles fosse magro e o outro fosse gordo, poderíamos ter um diálogo intercalando os identificadores "HOMEM MAGRO" e "HOMEM GORDO". Se um terceiro homem entrasse na sala, já seria o "HOMEM 3" ou o "HOMEM NÃO TÃO GORDO" ou ainda, digamos, "HOMEM VELHO" ou simplesmente "VELHO". Mas aí o Homem Gordo chama o Magro de "Otávio" e então, na sua próxima fala, ele não é mais "HOMEM MAGRO" e sim "OTÁVIO". E assim por diante.

A confusão do contra-exemplo acima indica que os nomes dos personagens constituem uma exceção à regra do "nada infilmável", e uma exceção tão evidente que chega a formar uma nova regra: O nome de um personagem deve ser indicado SEMPRE em sua primeira aparição.

O "sempre" da frase anterior também não significa exatamente "sempre". Há exceções, como sempre: (a) personagens que, por decisão do roteirista, não terão nome durante todo o filme - neste caso, o nome será substituído por uma indicação que seja suficientemente individualizada para não confundi-lo com outros dentro do filme: "Herói", "Mulher fatal", "Padre"; (b) personagens cuja verdadeira identidade só será revelada em outro momento do roteiro; etc.

EVITAR TERMOS TÉCNICOS

Um roteiro deve evitar ao máximo possível o uso de especificações técnicas, ou expressões que indiquem explicitamente a filmagem, tais como "close", "plano geral", "travelling", "corta para", "a câmara mostra", "vemos agora".

Por quê? Porque este tipo de indicação ajuda o leitor a imaginar a filmagem, mas não o filme. É como se, em vez de visualizar o filme (afinal o objetivo de todo roteiro), passássemos a ver o seu "making-of": percebemos a câmara aproximando-se para fazer um close, afastando-se para o plano geral, deslocando-se durante o travelling, ouvimos o diretor gritando "Corta!", imaginamos a equipe se preparando para o próximo plano. Este pode ser o objetivo do roteiro técnico (decupagem escrita), mas não do roteiro, no sentido moderno (pós-anos 50) do termo.

Por que a palavra "câmara" deve ser evitada em um roteiro? Porque, a princípio, a câmara não deve ser vista no filme. Por que não se deve usar a palavra "vemos"? Porque não precisa: em princípio, tudo o que está num roteiro deve ser visto.

Já a palavra "ouvimos" tem uma função importante, significando "ouvimos mas não vemos". Se colocássemos em um roteiro a frase "Uma ambulância passa ao longe", o leitor imaginaria um plano aberto mostrando a rua e a ambulância passando lá no fundo. Já a frase "Ouvimos a sirene de uma ambulância passando" deixa claro que a ambulância não deve ser vista, apenas ouvida.

A regra "evitar termos técnicos", é claro, tem exceções, como todas as outras. A exceção mais importante diz respeito a alguns termos técnicos que indicam eventos que devem ser vistos pelo espectador, e portanto devem estar no roteiro.

Por exemplo, fades e fusões (ao contrário dos cortes) são transições entre cenas cujo principal objetivo é marcar claramente uma passagem de tempo ou uma mudança de assunto. Portanto, devem estar referidas muito claramente no roteiro, ajudando a visualização.

Matriz BCG e SWOT

http://www.planodenegocios.com.br/dinamica_artigo.asp?tipo_tabela=artigo&id=29


http://www.ogerente.com.br/produtividade/mm/mapas_mentais_swot.htm